terça-feira, 28 de outubro de 2014

Andanças

Nessa andança você aparece,
como quem não quer nada e me fortalece.
Calmaria minha,
fraqueza minha.
Utópico então.
Segura a minha mão e não solta não.
Devaneios de quem não quer parecer bobo.
Já estamos bobos, somos tolos.
O que faço?
Te abraço?
A vontade só aumenta.
Se longe já estamos assim
imagine pertin,
grudadin...
Esperar o tempo chegar.
Essa não é a hora de parar!
Nosso tempo?
Ele só parou pra gente dançar.

Onde você estava?

Onde você se escondia?
Eu andei tanto,
procurei tanto.
Busca incansável.
Acerto irrevogável.
Isso vem de dentro de mim,
sei que sim.
Tudo isso é desconhecido pra mim.
Que novidade linda você é!
Em tantos lugares quis te buscar,
e olha onde vim te encontrar...
Na mais bela esquina da minha vida.
Agora és nada mais, nada menos que porto.
Porto onde cheguei e pretendo ficar,
ficar até quando Deus deixar.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Falta de "ar"

Eu tô ficando tonta.
Essa inconstância ainda me mata.
Você ainda me mata.
 De apertados abraços, de não querer largar jamais.
 Largar? Largar ainda mais?
 Se ainda podemos estar tão perto,
 não continuar seria o certo.
 Nesse barulho de chuva que embala nossas festas,
 infintos assuntos,
 infinitas conversas.
 Soa egoísta, mas a única egoísta sou eu.
 Não se pode ser egoísta com aquilo que não é seu.
 Contentar-se-irá com aquilo que a vida dá.
 Mudar, parar, evitar, silenciar...
 Pra quê tanto "ar"?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Nossa essência

Que prevaleça em nós aquela essência,
de amizade, de amor e de última vez.
Que tenha fé até na dor.
Eu ei de resistir,
eu ei de persisitir.
Pra que entre nós não morra nada daquilo que nasceu das afinidades,
mas conservar aquilo que Deus deu um jeito de nos surpreender.
Aquilo que dá pra ver,
aquilo que ninguém vai perceber.
Que só vai estar aqui,
na essência.
Nossa essência e na sua ausência.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Nós em nós

Não se pode entender isso.
Não quero entender,
nem quero que entendas.
Deixa assim,
escondido,
contido,
comigo.
É o tempo de parar,
deixar pra lá.
Já foi, mas sei que vai voltar.
É o tempo de parar,
é a hora de parar.
Fazer entender e fazer desentender.
Saída, com êxito.
Solução.
Desentendido como um nó cego.
E assim é, será e permanecerá.

Certeza da incerteza

E a gente nem fazia questão de entender nada.
Entender daria um sentido a tudo.
Melhor que não tenha.
Não tenha nada.
Seria normal demais,
seria diferente da gente.
O silêncio é ouro.
Quero que toda essa estranheza passe rápido,
que seja breve.
Ela que procure outro lugar!
Procure outro caminho que seja certo.
Só temos a certeza da incerteza que existe.
Temos uma estrela.

Mulher de lata

Sim, a mulher de lata ainda está gelada.
A culpa é da vida.
Impiedosa.
Da dúvida, duvidosa.
Culpa dos furacões da vida,
da bruxa má do leste.
Não consegue mais ter aquele coração de criança.
Tem só este, velho e empobrecido coração.
Encontra tranquilidade na imparcialidade.
Busca, busca, busca.
Buscou incansavelmente.
Queria ter coragem, tão somente.
Um coração de leão. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Vambora mimbora

Quem tem te feito?
Quente efeito,
de sorrir, de ser feliz.
Alto estado alfa.
Só se ri.
Riam juntos das mesmas besteiras.
Baboseiras de mundo, baboseiras de amorzinho.
Apertando apertos que te apertavam o coraçãozinho.
Agindo como criança, vivendo o que de melhor há.
Passos largos em cinco dias.
Cheiros diversos, cheiro de paçoca.
Abraçou e foi embora.
Vambora imbora?
Vou mimbora.

Coisados

Com todo esse verde,
o que me dizem os pensamentos soltos?
Dizem tudo o que não deveriam dizer, não agora.
Tudo se perde.
Numa noite se perderam, se encontraram.
Caíram e levantaram, se machucaram.
Riram. Riram muito.
Monótonos e infantis.
Pessoas que se conheciam em tanto tempo de desconhecidos.
Cantavam e contavam, encantavam tanto aos ouvidos.
Fraternos se tornaram e agora são,
colados com cola de sapato.
Colados,
calados,
coisados.

Libélula

Eu te fitando,
te vi olhando.
Te vi observando aquilo.
Uma libélula;
Com doçura, tão bela.
Discretamente ofuscava.
Ofuscava tudo que me preocupava,
tudo no que antes em pensar, me ocupava.
Tão leve, pairava.
Voava.
E foi.